Direto ao assunto…
Adorado e abusado, o açúcar branco é desnecessário ao organismo e causa problemas de saúde. A refinação do açúcar retira desse alimento uma considerável parte de todos os tipos de minerais necessários para o organismo e aumenta a dosagem de substâncias tóxicas.
Os efeitos do consumo excessivo de açúcar refinado foram fartamente relatados no livro Sugar Blues, de William Dufty (1975), jornalista norte-americano que, baseado em sua própria experiência de viciado em açúcar, expôs os perigos de uma alimentação guiada por desejos de prazer momentâneo.
A justificativa para o sucesso do açúcar é sua ação sobre os hormônios do cérebro. Sendo o carboidrato complexo um precursor da liberação da serotonina, alimentos integrais, ricos nesse tipo de nutriente, induzem ao relaxamento e ao sono.
Quando se come doce, essa liberação é mais rápida, provocando uma sensação ainda melhor, desta vez de prazer. É bastante comum, especialmente entre as mulheres, a ingestão desenfreada de doces para compensar um quadro de carência afetiva ou depressão.
O vício pode acontecer em razão do aumento repetido da secreção de serotonina provocado pela ingestão frequente e abundante de açúcar. O organismo se protege da alta desse hormônio, diminuindo a secreção de serotonina, com a ingestão de menor quantidade de açúcar.
Porém, se a pessoa sente a diferença da diminuição de liberação de serotonina, pode passar a comer ainda mais doce, para ter a mesma sensação de prazer, num círculo vicioso.
Os doces são também, a alegria das crianças, sendo as balas e confeitos quase sinônimos de desejo infantil. Hoje em dia, as crianças e os adolescentes, bem mais independentes dos pais do que as gerações passadas, têm acesso direto aos doces vendidos na cantina da escola e nas barraquinhas de rua, estando também mais próximas dos riscos de contrair obesidade e diabetes precocemente.
É bom lembrar que as preferências das pessoas em relação ao paladar são definidas na infância. É dos alimentos que provaram e apreciaram quando crianças que os adultos mais gostam. É a infância, portanto, a fase mais preciosa para experimentar de tudo e ampliar o rol de alimentos apreciados.
Se a criança adquire o hábito desde cedo de ingerir pouco açúcar e bastante verdura, a probabilidade de mantê-lo na vida adulta é bem maior. Porém, se ela conhecer e gostar de poucas coisas além de macarronada, batata frita e sobremesas calóricas, provavelmente, é só o que ela vai querer comer durante a fase adulta.
O problema não é pequeno e você deve estar atento ao que oferece às suas crianças. Vale a pena pensar sempre no futuro antes de permitir que elas tenham tudo o que pedem. Tem certeza de que refrigerante é uma boa opção à hora das refeições?
Dê uma conferida na quantidade de açúcar contida nos refrigerantes e responda a si mesmo. Será que já está na hora de comer hambúrguer de novo? O doce que você deu há duas horas não teria sido o suficiente para hoje? Crianças adoram aprender, são curiosas.
Se elas tiverem a chance de entender tudo isso, terão mais condições de pensar por si mesmas e de fazer as melhores escolhas, assim como você.
Que açúcar é gostoso, eu não tenho dúvidas! Sem ser radical e dizer não 100%, é preciso escolher a hora de consumir, a quantidade de ingerir e a frequência para saborear.
Reduza o açúcar e Mexa-se!
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