A expressão “quem não dá assistência, abre concorrência!” é muita usada nas relações amorosas, mas também se aplica muito bem ao universo empresarial. No mundo das academias existe um “fenômeno” que acontece frequentemente: a disputa por bons empregados. Ela é sempre intensificada pela falta de valorização profissional.
É lógico que empresas que vendem serviços e, portanto, dependem de pessoas na execução dos trabalhos precisam recrutar, selecionar, capacitar e principalmente manter bons empregados.
Ter um time competente é um grande um diferencial que traz vantagens competitivas em mercados cada vez mais acirrados. É aqui que surge a necessidade de valorização profissional!
Quando um empregado competente não está satisfeito na empresa que trabalha, ele fica “disponível” para receber novas propostas e coloca-se a disposição do mercado, muitas vezes enviando currículos e fazendo contatos estratégicos.
Se esse trabalhador é realmente competente, dificilmente terá dificuldade de recolocar-se, e a sua perda será sentida. Além da eficiência, a saída deste empregado também levará um grande histórico sobre o funcionamento da sua operação, estes são alguns dos problemas da falta de valorização profissional.
Por dificuldade de realizar uma análise mais profunda, é muito comum que a empresa que perdeu tal funcionário não se conforme com a situação. Os líderes costumam jogar toda a responsabilidade sob o novo profissional contratado ou ainda em cima dos responsáveis pela contratação, como se a falha pela perda do talento tivesse sido provocada por eles.
Por que preciso dos melhores profissionais?
Lembro que todos os líderes de equipes são cada vez mais cobrados por resultados e para isso precisam de pessoas competentes para atingir metas. Ou seja, enfatizo mais uma vez, pessoas competentes são disputadas pelo mercado. Valorizar o profissional eficiente é uma forma de alcançar estes objetivos.
Ser líder é entender os pontos fracos e fortes de cada um, descobrir os talentos e também reconhecer o esforço realizado por cada empregado. Este gestor deve discutir com a gerência formas de motivar e de valorizar os profissionais da instituição.
Empregados que querem construir uma carreira de sucesso buscam basicamente três coisas:
- Reconhecimento – ser verdadeiramente percebido pelo esforço, pela dedicação e determinação;
- Projeção futura – empregados comprometidos querem saber se poderão crescer profissionalmente na empresa e no mercado;
- Remuneração Satisfatória – todas as pessoas precisam receber dinheiro para seus compromissos de curto, médio e longo prazos de acordo com o objetivo de cada um.
“Não se preocupe quando não for reconhecido, mas se esforce para ser digno de reconhecimento.”
Abraham Lincoln
Lincoln, ao fazer tal comentário, trata daqueles casos em que a falta de avaliação leva ao reconhecimento do profissional errado. Ou ainda, do funcionário que não se esforçou por tal feito.
Estas duas situações podem ser evitadas com um bom planejamento de metas e do devido acompanhamento, no dia a dia do trabalho, supervisionando a jornada de toda a equipe.

Erros que provocam a saída de talentos
Outra ponto que deve ser observado e que fazem com que algumas empresas sejam preteridas por outras, além de falhar no reconhecimento profissional, elas erram também em alguns pontos específicos.
Segue abaixo alguns dos motivos que fazem com que empregados sérios e comprometidos sejam seduzidos por outras empresas e estão abertos a novas propostas de profissionais:
- Bons empregados que querem construir uma carreira necessitam de novos desafios constantemente. Existem pessoas que são movidas por novas metas e objetivos e, muitas vezes, precisam mudar de ambiente para se motivar;
- Pessoas precisam ser cuidadas, devem ser tratadas com dignidade e respeito. Não importa a área de atuação. Elas querem, precisam e merecem atenção! Feedback é necessário pelo menos uma vez por mês em todos os níveis hierárquicos;
- Será que a empresa cumpre seu contrato combinado previamente? Fornece estrutura de trabalho ao seu empregado? Paga o salário em dia? Se não paga em dia por algum problema, avisa antecipadamente o empregado, explica o motivo e demonstra respeito? Paga férias e demais direitos e benefícios de acordo com o combinado?
- A empresa proporciona capacitação (treinamento e desenvolvimento) para a equipe?
- Proporciona projeção profissional?
- Empresas precisam de diretrizes coerentes. Quando elas mudam seus caminhos múltiplas vezes, demonstram inconstância e geram insegurança em todas as pessoas envolvidas;
- Pessoas querem fazer parte de uma empresa que tem prestígio no mercado. É admirada por seus fornecedores, clientes internos e externos. Empregados comprometidos querem fazer parte de uma instituição com elevada autoestima; Profissionais que querem uma carreira de sucesso, “vestem a camisa” com orgulho da empresa que trabalham.
Como inverter este cenário?
Uma análise completa do capital humano envolvido no negócio é primordial para checar falhas e estabelecer metas. Reconhecer o talento de cada profissional e colocá-lo nas atividades em que rendem melhor é o que pode fazer a diferença para vencer a concorrência.
Ter um bom programa de valorização profissional, em que são apresentadas as metas e benefícios é um dos caminhos para potencializar o rendimento da equipe.
É lógico que cada caso é diferente e deve ser tratado como único. Cuidar melhor da equipe é tarefa primordial para empresas prestadoras de serviços e a valorização dos empregados é uma etapa importante deste processo..
Diante do exposto, acredito que as empresas e seus gestores, especialmente as academias, antes de “chorarem o leivalirite derramado” da perda de seus talentos, devem fazer uma autorreflexão dos seus meios e métodos de lidar com seus recursos humanos.
Qual foi a última vez que você fez uma avaliação completa da sua equipe e deu feedbacks? Precisamos trabalhar mais.
Você tem dúvidas sobre o potencial da sua equipe? Não sabe avaliar se está valorizando corretamente cada profissional? Posso ajudar a sua academia nesta jornada. Conheça mais sobre o meu trabalho aqui!
Depois de entender a importância da valorização profissional, tire um tempinho para ler mais sobre Jigoro Kano, o pai da educação física no Japão.