Wellness engloba os conceitos de saúde, qualidade de vida e aptidão física, e é mais do que a soma dos três.
Para viver bem neste mundo, minimizando nossos problemas de origem externa, é necessário gozar de boa saúde, ter qualidade de vida e alcançar um bom aproveitamento do nosso corpo.
Mas nós queremos mais do que evitar ou minimizar problemas; queremos nos sentir bem o máximo de tempo possível. Nós queremos viver em um estado constante de wellness.
Wellness (bem-estar em inglês) engloba os conceitos de saúde, qualidade de vida e aptidão física, e é mais do que a soma dos três. Wellness é o conforto diante da vida, é a concordância com o tipo de desafios e compensações que ela apresenta, é o estado de perfeita satisfação física e moral, é a harmonia entre os pensamentos e as ações de uma pessoa em relação a si mesma e à coletividade. A idéia de wellness está muito presente na vida de todos nós, na medida em que todos buscamos uma relação sadia com nosso ambiente, com as pessoas ao nosso redor, com nossa psique, com nosso corpo. O que torna essa busca sadia é nossa atitude, se guiada por princípios éticos e ideais de saúde e de felicidade.
Wellness é fruto de uma percepção pessoal e depende das condições de saúde, dos relacionamentos interpessoais e dos riscos inerentes ao modo de vida de cada pessoa. De acordo com esse princípio, Nahas[1] identificou cinco aspectos fundamentais do cotidiano que facilitam que essa percepção seja positiva: nutrição (a qualidade da alimentação), atividade física (exercícios habituais), estresse (estilo de vida e mecanismos de controle), comportamento preventivo (uso de equipamentos de segurança em situações de risco, não-uso de drogas, estratégias para garantia da boa postura etc.) e relacionamentos (a harmonia no meio social e familiar). Eles formam o pentáculo do bem-estar.
O pentáculo resume os compromissos que cada indivíduo deve assumir, consigo mesmo, a fim de se respeitar e se preservar. É o código de atitudes saudáveis que promove altos índices de saúde e prevenção de doenças; que reflete cuidado nas relações interpessoais, de modo a manter elevado o estado de espírito; que leva a ponderar diante de tentações e a recusar envolver-se em ações que poderiam ser prejudiciais. Atitude pró-bem estar é conhecer e respeitar seus limites e evitar pensamentos e ações autodestrutivos. O nível de wellness de uma pessoa depende muito de suas escolhas.
É nesse sentido que o wellness se tornou objeto de estudo e meta da Educação Física, tema que será abordado mais detalhadamente ainda neste capítulo. Tendo como ferramentas principais a atividade física e o conhecimento do corpo e como aliada a alimentação adequada, a Educação Física levanta a bandeira do bem-estar a partir do movimento, com propostas que repercutem positivamente em vários aspectos físicos e não-físicos de uma pessoa, entre os quais a administração do tempo livre, o lazer e a interatividade social. Deve ser o wellness, portanto, o principal objetivo de qualquer atividade física.
A atividade física por si só nem sempre traz bem-estar. Se praticada sem prazer, por obrigação ou, por exemplo, por recomendação médica, sem que haja nela qualquer atrativo para o praticante, ela pode se tornar um estorvo até prejudicial. Imagine ter de repetir três vezes por semana um esforço que, por algum motivo, você odeie? É o mesmo que ter de trocar sua sobremesa predileta por óleo de fígado de bacalhau (se você nunca provou, saiba que tem um gosto horrível). Em pouco tempo, é quase certo que a vítima de tal injustiça irá abandonar a prática para sempre. É por isso que hoje os bons nutricionistas não excluem totalmente da dieta de seus pacientes os alimentos (ou guloseimas) de que mais gostam, mesmo que sejam hipercalóricos, mas procuram compensar os excessos de uma maneira mais agradável, com ótimos resultados. Está provado que o paciente cumpre com muito mais rigor as dietas de que gosta. O mesmo acontece com os programas de exercício físico. Por mais que seja importante para a saúde, um programa eficiente de exercícios não irá trazer bem-estar ao praticante se for extremamente desagradável para ele. Sabendo disso, os bons centros de prática procuram, antes de prescrever qualquer atividade, saber quais são as preferências de cada um de seus clientes.
Muitos dos adeptos da prática regular de atividades físicas também sabem disso, e aproveitam a diversidade de modalidades esportivas para fazer o que gostam. Afinal, não é apenas a esteira ergométrica que condiciona o músculo cardíaco. Um bom trabalho cardiovascular, embora seja realmente mais fácil de monitorar em um equipamento como a esteira, também pode ser desenvolvido numa roda de capoeira ou no pólo aquático, por exemplo.
A saúde e a estética como objetivos únicos da prática regular de exercícios são muitas vezes fatores de rejeição. Há pessoas que não podem nem pensar em entrar em uma sala de musculação, pois associam a academia à idéia de “gastar” seu tempo em um equipamento, sem nenhuma outra meta a cumprir senão um vai-e-vem de partes do corpo. Mas as academias de ginástica também estão, aos poucos, mudando seu enfoque, à medida que compreendem que o bem-estar deve ser o resultado constante do seu serviço.
As academias de ginástica, especialmente as grandes, estão se transformando em centros de lazer. Seus clientes a têm como um lugar para encontrar amigos, bater papo, se divertir, ver e serem vistos, relaxar, meditar, navegar na internet, ouvir música, ler revistas, receber informações sobre seu corpo, tomar um lanche, marcar encontros e passeios, montar equipes e, além disso tudo, fazer exercícios e entrar em forma.
Será que você está participando dessa “tendência” do wellness? Caso você esteja matriculado em uma academia ou clube esportivo, pergunte aos seus professores sobre o que wellness significa para eles e fique atento à movimentação dos outros alunos. Se ainda não começou a freqüentar um centro de prática, pense nisso antes de se matricular. Ponha à prova quem deveria estar orientando você quanto aos cuidados com seu corpo de forma responsável. Saiba quem são os seus professores e tire as suas próprias conclusões.
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