A vida moderna inventou também o sedentarismo. Livre-se dele o quanto antes!
Parodiando o dito popular, há pessoas que gostariam que “o mundo terminasse em barranco”… só para morrerem encostadas. Parece exagero, soa até mesmo engraçado, mas aponta um perigo real. O perigo de se render à preguiça e tornar-se uma pessoa acomodada ao sedentarismo.
Sedentarismo é o estado de quem pouco se mexe, vive sentado, evita o movimento. Caracteriza-se como sedentário quem não realiza atividade física extra no dia-a-dia, o que em um adulto corresponde a um gasto energético abaixo de 2.500 kcal (quiloca- lorias) por semana. No contexto da vida moderna, sedentarismo é o hábito de substituir movimentos básicos, como caminhar, correr, saltar, trepar e carregar, pelo movimento dos dedos diante de um teclado do controle remoto, do computador ou do telefone. É o nome que se dá ao costume de responder “outro dia eu vou” ou “não tenho tempo”, toda vez que alguém o convida a transpirar. Será o sedentarismo parte irrecusável do pacote da vida moderna?
Com a industrialização e a tecnologia, veio, por exemplo, a televisão. Quem tem tevê não precisa ir até o local e no momento dos acontecimentos, para ver ao vivo o que está rolando do outro lado do mundo. A televisão criou (ou favoreceu) o hábito de ficar sentado no sofá por algumas horas. Aí, por causa da preguiça de se levantar para mudar o canal, o homem inventou o controle remoto – ou a preguiça de se levantar teria surgido depois (e por causa) da invenção do controle? Sem falar nas outras modernidades que levam a culpa pelo sedentarismo, como o elevador, o carro, o computador, a Internet, o telefone… Quem terá vindo primeiro: a necessidade de não sair do lugar ou a comercialização de todas essas facilidades tentadoras?
Seja lá qual for a ordem dos fatores, o produto criado foi a progressiva diminuição da atividade física, incentivada pelas máquinas que substituem a ação humana aceitas, desejadas e compradas por todos que têm condições financeiras de adquiri-las. Será que, à medida que essas pequenas máquinas, cada vez mais compactas, nos facilitam e agilizam a vida, teremos menos necessidade de nos mexer? Será mesmo o entretenimento digital mais interessante do que o esporte ou o lazer ao ar livre, com pessoas reais e não virtuais? Será que o ápice da evolução humana será controlar tudo por meio de minúsculos botões presos ao corpo, sendo o esforço físico um fardo desnecessário?
Muito pelo contrário! O corpo, essa máquina particular, foi feito para trabalhar. Todas as suas partes, todas as peças móveis, os fluidos lubrificantes, os gases e as substâncias circulantes, tudo está aí para desempenhar um conjunto de funções. E há aí um detalhe importantíssimo que a sociedade moderna está esquecendo: muitas dessas funções mecânicas e orgânicas só acontecem se o corpo se movimentar. Se ficar muito tempo parado, não funcionará plenamente.
Obviamente, voltar à riqueza da quantidade de movimentos da Idade da Pedra não é a solução. O jeito é compensar as facilidades da vida moderna, dando outros tipos de trabalho ao corpo, isto é, qualquer movimentação que seja suficiente para que as tais funções dependentes do movimento permaneçam ativas. O que não pode é ser sedentário. Como bem coloca outro dito popular, “quem fica parado é poste”.
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